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Maternidade real não é sinônimo de maternidade ruim.


Outro dia ouvi de uma gestante que ela não participa de rodas de conversa sobre gestação e maternidade porque não gosta ouvir aquele monte de gente dizendo que ser mãe é ruim! ⁣


No primeiro momento imaginei que ela estivesse evitando o contato com a parte dolorosa da parentalidade. A conversa prosseguiu e  pelas experiências que ela apresentava consegui acolher melhor a visão que ela trazia: "hoje em dia esse povo que fala de maternidade real conta apenas o que há de ruim, e não considera que junto com a dor há muito prazer e amor também".⁣


Sabe que eu entendi a visão dela? De verdade. Precisamos sim desmistificar a ideia de instinto materno e a tal romantização da maternidade, mas há que se ter o cuidado de não ir para o extremo oposto.⁣


Porque é tão difícil para nós encararmos a vida em sua integralidade, heim? Amor e tristeza, dor e prazer, saudade de quem fomos no passado e orgulho de quem nos tornamos no presente! Tudo isto faz parte da parentalidade. Junto e misturado! E mães e pais: vocês NÃO estão adoecidos por sentirem estas dicotomias. Vocês estão vivos! Sim, porque a vida é feita de complementaridades. É o que lhe assegura o movimento. Pensar a maternidade (e paternidade) apenas pelo lado bom ou ruim, aí sim, além de falacioso não gera nada de saúde na vida real com seu bebê. ⁣Maternidade (e paternidade) real é isso: a parentalidade com todas as suas nuances de amor e suas boas doses de dificuldades.


Enfim! Torço para que a gente enxergue mais arco-íris do que preto e branco nesta vida! ⁣


Aproveita e me conta: qual a melhor parte de ser mãe/pai para você?


Camilla Alves Lima Vasconcelos

Psicóloga (CRP 11/03169)

Diretora do IMA-Instituto Matrioska


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